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Suprema Corte dos EUA nega derrubar legalização de casamento entre pessoas do mesmo sexo no país

Suprema Corte dos Estados Unidos. AP Photo/J. Scott Applewhite, File A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira (10) um pedido para derruba...

Suprema Corte dos EUA nega derrubar legalização de casamento entre pessoas do mesmo sexo no país
Suprema Corte dos EUA nega derrubar legalização de casamento entre pessoas do mesmo sexo no país (Foto: Reprodução)

Suprema Corte dos Estados Unidos. AP Photo/J. Scott Applewhite, File A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira (10) um pedido para derrubar a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, permitido nos EUA desde 2015. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado há dez anos também pela Suprema Corte, que tinha uma pequena maioria conservadora. Mesmo com uma composição atual ainda mais conservadora, o tribunal, o mais alto dos EUA, negou alterar a Constituição nesta segunda, ao julgar um pedido havia sido feita pela ex-secretária de um cartório no estado do Kentucky que se recusou a registrar a união entre casais do mesmo sexo. A alegação da então funcionária era de que sua fé cristã a impedia de cumprir a lei e autorizar os casamentos. Ela foi presa e multada por descumprir a lei e recorreu da decisão, fazendo com que o caso subisse para Suprema Corte. A resposta dos juízes ao recurso poderia criar uma jurisprudência que alteraria a lei e passaria a proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nesta segunda, no entanto, o tribunal rejeitou analisar o pedido da ex-secretária, mantendo, na prática, a permissão a casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Como não houve uma sentença sobre a rejeição, os juízes também não justificaram sua decisão. Quando esse tipo de união foi legalizado, em 2015, a Suprema Corte dos EUA era composta por cinco juízes conservadores e quatro liberais. Atualmente, essa maioria é mais ampla: nove dos seis juízes do tribunal são conservadores, e três deles foram indicados pelo atual presidente dos EUA, Donald Trump. Apesar da politização do caso, o governo Trump não se pronunciou sobre a polêmica, o que fez com que analistas avaliassem que os juízes conservadores não estavam dispostos a mudar a Constituição neste caso. Ainda assim, havia o temor, principalmente entre a comunidade LGBTQIA+ que esse tipo de união civil voltasse a ser proibido, já que a mesma composição da Suprema Corte derrubou, há três anos, uma decisão que permitia o aborto em todos os EUA. Trump também ainda não havia se pronunciado sobre a nova decisão até a última atualização desta reportagem. Batalha durou dez anos Veja os vídeos que estão em alta no g1 A decisão desta segunda-feira da Suprema Corte encerra uma batalha judicial de dez anos protagonizada pela ex-funcionária do cartório de Kentucky Kim Davis. Logo após a legalização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada nos EUA, Davis começou a negar licenças desse tipo de união. Ela se tornou conhecida no país após vídeos de um casal do mesmo sexo discutindo com a ex-funcionária circularam nas redes sociais na ocasião. Davis foi presa por desacato naquele mesmo ano, mas solta após sua equipe começar a emitir as licenças de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. A ex-funcionária, no entanto, retirou seu nome dos registros e começou a liderar um movimento para que a Suprema Corte revertesse a Constituição e voltasse a proibir a união de casais do mesmo sexo.