Trump instrui CIA a tomar medidas que podem levar à derrubada de Maduro na Venezuela, diz jornal

Trump instrui CIA a tomar medidas que podem derrubar Maduro, diz jornal O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prepara uma escalada das açõ...

Trump instrui CIA a tomar medidas que podem derrubar Maduro, diz jornal O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prepara uma escalada das ações na costa da Venezuela que podem levar à queda do regime de Nicolás Maduro no país, segundo uma reportagem do jornal norte-americano "The Washington Post" publicada nesta quarta-feira (22). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp De acordo com a reportagem, com base em fontes do governo norte-americano, as "operações secretas" da CIA que Trump autorizou na semana passada podem derrubar o governo Maduro. Fontes do jornal, que tiveram acesso ao documento confidencial no qual o presidente norte-americano autoriza as ações da CIA, afirmaram que Trump pede "ações agressivas contra o governo venezuelano". "O documento não ordena explicitamente que a CIA derrube Maduro, mas autoriza medidas que podem levar a esse resultado, disseram pessoas familiarizadas com o assunto", afirma a reportagem do Washington Post. A escalada faria parte da ofensiva que o governo de Donald Trump tem travado no mar do Caribe, perto da costa da Venezuela, com o argumento de mirar traficantes de drogas a caminho dos Estados Unidos. Uma frota composta por navios de guerra e caças já alvejou sete embarcações que, segundo Washington, transportavam drogas a caminho dos EUA. Trinta e duas pessoas morreram nas ofensivas. O governo venezuelano acusa os EUA de tentarem invadir o país a derrubar seu regime. Venezuela mobiliza militares contra possível invasão dos Estados Unidos Agora, segundo fontes próximas às deliberações do governo sobre Venezuela ouvidas pelo jornal, Washington prepara ataques terrestres — o próprio Trump já disse que pretende "deter por terra os traficantes". Neste primeiro momento, as ofensivas estariam direcionadas a acampamentos de traficantes na selva e pistas de pouso clandestinas e não haveria uma tentativa direta de destituir o governo Maduro, afirma a reportagem. Mas as fontes consultadas pelo jornal afirmam que a ofensiva gradual parece ter por trás a intenção de derrubar o governo de Nicolás Maduro, tanto através da desestabilização das tropas, despistando os militares para a costa, como de uma "guerra psicológica" feita pela pressão constante sobre o território venezuelano. Por isso, a publicação afirma que o presidente norte-americano está "batendo os tambores" na expectativa de uma guerra. Combate às drogas seria cortina de fumaça Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson Outro indício de que o objetivo final da ofensiva norte-americana é derrubar o governo Maduro, segundo o jornal, é o fato de que a maioria das drogas ilícitas que entram nos Estados Unidos não vêm da costa do Caribe, onde as operações ocorrem, mas sim da costa do Pacífico ou do México. INFOGRÁFICO: Venezuela tem arsenal defasado e problemático ENTENDA: Ex-agentes da CIA explicam quais operações o serviço dos EUA poderia realizar na Venezuela Os ataques no Caribe já deixaram ao menos 32 mortos, mas o governo Trump não detalhou quantas drogas foram apreendidas nem quais evidências indicavam que as embarcações transportavam entorpecentes. Na quarta-feira (22), os EUA bombardearam um barco no Pacífico pela primeira vez desde o início da ofensiva contra o narcoterrorismo. Desde setembro, a imprensa americana vem noticiando que o governo Trump avalia uma operação militar que pode resultar em ataques à Venezuela. Estruturas ligadas a cartéis de drogas estariam entre os possíveis alvos. Autoridades dizem que o objetivo final seria tirar Maduro do poder. Na semana passada, Trump disse que autorizou as operações porque a Venezuela tem enviado drogas e criminosos para os Estados Unidos. Ao ser perguntado se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar o presidente venezuelano, ele preferiu não responder.