Ex-conselheiro de Trump é acusado de uso indevido de informações secretas pela Justiça dos EUA
Na foto, de fevereiro de 2019, Trump aparece assinando um memorando com John Bolton, agora ex-conselheiro de segurança nacional, ao fundo (de óculos). Leah Mi...

Na foto, de fevereiro de 2019, Trump aparece assinando um memorando com John Bolton, agora ex-conselheiro de segurança nacional, ao fundo (de óculos). Leah Millis/Reuters O ex-assessor de segurança nacional do governo Trump, John Bolton, foi acusado nesta quinta-feira (16) em uma investigação federal sobre o possível uso indevido de informações confidenciais. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo a acusação, Bolton usou seu e-mail pessoal e aplicativos de mensagens para enviar mensagens sensíveis, inclusive classificadas como "confidenciais" e "altamente secretas". Bolton negou as acusações por meio de seu advogado, e disse que o processo se baseia em anotações pessoais não secretas que ele compartilhou com sua família. A investigação sobre Bolton, que atuou por mais de um ano no primeiro governo do presidente Donald Trump antes de ser demitido em 2019, veio à tona em agosto, quando o FBI cumpriu uma ordem de busca e apreensão sua casa e em seu escritório em Washington em busca de registros confidenciais de seu período na Casa Branca que ele pudesse ter guardado. A informação foi confirmada por jornais e agências de notícia americanas. Trump e Bolton romperam desde a demissão, e o ex-conselheiro passou a criticar a gestão do presidente republicano. Ao ser questionado em um evento no Salão Oval, Trump disse que não sabia da acusação contra seu ex-aliado, mas o chamou de "pessoa má". "Acho que ele é, sabe, uma pessoa má. Eu acho que ele é um cara mau”, disse Trump a repórteres. Durante a busca em agosto, agentes apreenderam vários documentos rotulados como "confidenciais", e "secretos" no escritório de Bolton. Alguns dos registros apreendidos pareciam envolver armas de destruição em massa, "comunicação estratégica" nacional e a missão dos EUA nas Nações Unidas, afirmam os autos do processo. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Questionamentos sobre o manuseio de informações confidenciais por Bolton datam de anos atrás. Ele enfrentou um processo judicial e uma investigação do Departamento de Justiça após deixar o cargo, relacionados a informações contidas em um livro que publicou em 2020, "The Room Where it Happened" (a sala onde isso ocorreu, em tradução livre), que retratava Trump como extremamente desinformado sobre política externa. O governo Trump afirmou que o texto de Bolton incluía informações confidenciais que poderiam prejudicar a segurança nacional se expostas. Os advogados de Bolton disseram que ele seguiu adiante com o livro depois que um funcionário do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, com quem Bolton trabalhou por meses, afirmou que o manuscrito não continha mais informações confidenciais.